Permiso del Espíritu De Verdad es PEDV...
Éste es el enlace de éste contenido sobre el tema de un "Plagio de Chico Xavier" de Brasil, en el año 1966...
https://soyespirita.blogspot.com/2023/09/plagio-de-chico-xavier.html
El médico Cláudio Bersot ya había realizado un gran video llamado “Chico Xavier y la macabra fantasía de rescate o desencarnación colectiva” en su canal “Caminhos do Imaginário” cubriendo el capítulo Tragedia en el Circo (que en un pequeño desliz llama Muerte en el Circo ) . Circo en vídeo) del libro Cartas y Crónicas de Chico Xavier. Sin embargo, hay mucho más que decir sobre este capítulo, incluido el plagio. Chico volvió a consultar a Ernest Renán. Pasemos entonces a las pruebas y análisis, todos fruto de una intensa investigación de la internauta Míssel Crático, a quien estoy muy agradecido. El texto también es suyo, sólo hice pequeñas adaptaciones e inserté las figuras. Para leer el artículo, haga clic aquí . A continuación se muestra el gran vídeo de Cláudio.
vamos às provas e análises, tudo fruto da intensa pesquisa do internauta Míssel Crítico, a quem muito agradeço.
O texto também é dele, só fiz pequenas adaptações e inseri as figuras.
Marco Aurélio e o fim do mundo antigo (1904), de Ernest Renan
Cartas e Crônicas (1966), capítulo Tragédia no Circo, de Chico Xavier
O legado organizou uma festa abominável, consistindo na exibição de suplícios e de combates de feras, que tinham uma voga inexcedida, apesar da humanidade do imperador. Repetiam-se esses horríveis espetáculos em datas certas; mas não era raro fazerem-se execuções extraordinárias, quando havia animais que mostrar ao povo e desgraçados para seu repasto. (pp. 216-217).
Naturalmente a festa efetuou-se no anfiteatro municipal da cidade de Lião, isto é, da colônia que morava nos declives de Fourvières. Esse anfiteatro estava situado ao pé da colina [...]. (p. 217)
Depois soltavam as feras; era o momento maise mocionante do dia. As feras não devoravam logo as vítimas; mordiam-lhes, arrastavam-nas; os dentes enterravam-se nas carnes nuas deixando sulcos sanguinolentos. (p. 218)
Naquela noite, da época recuada de 177, o “concilium” de Lião regurgitava de povo. Não se tratava de nenhuma das assembleias tradicionais da Gália, junto ao altar do Imperador, e sim de compacto ajuntamento. Marco Aurélio reinava, piedoso, e, embora não houvesse lavrado qualquer rescrito em prejuízo maior dos cristãos, permitira se aplicassem nacidade, com o máximo rigor, todas as leis existentes contra eles. (p. 13)
Através do espesso casario, à montante da confluência do Ródano e do Saône, multiplicavam-se prisões, e no sopé da encosta, mais tarde conhecida como colina de Fourvière, improvisara-se grande circo, levantando-se altas paliçadas em torno de enorme arena. (p. 13)
As feras pareciam agora entorpecidas, após massacrarem milhares de vítimas, nas mandíbulas sanguinolentas. Em razão disso, inventavam-se tormentos novos. (p. 13). Imaginaram-se, para logo, comemorações a caráter.
Por esse motivo, enquanto lá fora se acotovelavam gladiadores e jograis, o patrício Álcio Plancus, que se dizia descendente do fundador da cidade, presidia a reunião, a pedido do Propretor, programando os festejos. (p. 14)
Análise do Ponto de Vista Histórico Antes de tudo, precisamos diferenciar entre teatro, anfiteatro (ou arena) e circo.
O teatro era semicircular, com a "arquibancada" (cávea) apenas frontal ao pequeno palco (orquestra), apresentando peças, corais etc. Assim, o teatro era dividido em palco (orquestra) e assentos (cávea).
Os anfiteatros eram totalmente circulares, com a cávea dando a volta no grande pátio (arena), apresentando lutas com gladiadores e animais, algumas corridas etc. A palavra anfiteatro significa 'teatro ao redor'. O anfiteatro romano consiste em três partes principais: a cávea, a arena e o vomitorium. Os circos eram pistas retangulares, mais para corridas de bigas. As semelhanças entre os teatros e anfiteatros da Roma antiga eram basicamente as seguintes: ambos foram construídos com o mesmo material, concreto romano, e forneceram um local para o público assistir a vários eventos. No en tanto, são duas estruturas totalmente diferentes, com layouts específicos que se prestam aos diferentes eventos que realizaram. En quanto os anfiteatros apresentavam corridas e eventos de gladiadores, os teatros hospedavam eventos como peças de teatro, pantomimas, eventos corais, orações e comércio.
Fonte: https://en.m.wikipedia.org/wiki/Roman_theatre_(structure)
Somente os anfiteatros (ex: Coliseu, Arena de Verona, etc) é que podiam ser conhecidos como arenas:
Derivado do grego para “teatro duplo”, um anfiteatro era o palco das lutas de gladiadores romanos e das caçadas selvagens. Também conhecidas como arenas pela areia espalhada sobre o chão para absorver o sangue, essas estruturas remontam ao século II a.C.
Fonte: https://historyandarchaeologyonline.com/the-history-of-roman-amphitheatres/
Espaço de areia, no centro dos anfiteatros, onde combatiam os gladiadores. Espaço fechado e circular destinado aos mais variados concertos e espetáculos.
Fonte: https://www.dicio.com.br/arena/
Ernest Renan localizou o anfiteatro de Lyon ao pé da colina de Fourvière, assim como Chico Xavier, citando alguns trabalhos de incipientes escavações naquele local, bem como de citações históricas.
Porém, alguns anos depois, a estrutura localizada em Fourvière foi comprovada não ser um anfiteatro, mas sim um teatro normal, semicircular, portanto incompatível com o local citado nas consideradas fontes históricas do martírio de Lyon. Vejamos como isso se deu:
1886, Lyon. O professor Lafon acaba de comprar uma propriedade em Fourvière Hill, mas tem dificuldade em fazer crescer as suas vinhas. Quando ele discute esse problema, ele é informado sobre algumas "velhas muralhas romanas" que estão enterradas na área. O problema agrícola está relacionado com a presença de um tesouro arqueológico?
Não demora a verificar a sua intuição: as vinhas não crescem porque o terreno está cheio de pedras. Ele descobre algumas paredes dos restos de uma estrutura antiga. É impossível desenterrar completamente a estrutura. Levaria muito tempo e esforço. Por ser um matemático treinado, Lafon anota medições para calcular o tamanho e a forma deste edifício. Ele observa que essas ruínas traçam uma curva.
Mas este não é um círculo regular; é mais uma elipse. Ou seja, tem a forma de um anfiteatro. O professor está animado. Encontrou o famoso Anfiteatro dos Três Gauleses? Textos antigos descrevem este monumento como o principal local de Lugdunum, como a cidade de Lyon era chamada no Império Romano. Este foi o lugar onde os primeiros cristãos foram martirizados.
Levaria cinquenta anos até que os arqueólogos examinassem seriamente essa suposição. E então... engano! A estrutura não é elíptica, mas semicircular, a forma tradicional de um teatro antigo.
Mas a desilusão não durou muito porque este acabou por ser o teatro mais antigo de França e um marco cultural da Antiguidade.
Fonte: https://lugdunum.grandlyon.com/en/Discover/The-10-secrets-of-Lugdunum/Discovery-in-three-acts
Para piorar, o anfiteatro foi identificado na outra colina de Lyon, chamada La Croix-Rousse.
Quanto ao anfiteatro, foi definitivamente identificado em 1957. Lafon apenas escolheu a colina errada. O anfiteatro foi finalmente encontrado nas encostas da Croix-Rousse!
Fonte: https://lugdunum.grandlyon.com/en/Discover/The-10-secrets-of-Lugdunum/Discovery-in-three-acts
Como se não bastasse, além de pôr o local dos martírios na mesma região de Fourvière que Renan, cometendo um erro de historiografia, ainda o chamou de "arena", cometendo assim um erro material:
multiplicavam-se prisões, e no sopé da encosta, mais tarde conhecida como colina de Fourvière,
improvisara-se grande circo, levantando-se altas paliçadas em torno de enorme arena.
A construção de Fourvière não era uma arena, mas um teatro normal. Assim, o Chico, que dizia estar escrevendo
por meio de espírito superior, erra não só o local, mas a estrutura objetiva do local.
Também é dito na wikipédia que, no século 19 e início do 20, hipotetizavam ter sido nesse teatro o massacre de
177 dc, mas que depois essa suposição se mostrou errada:
Lafon acredita ter descoberto a forma elíptica do anfiteatro onde pereceram os mártires de Lyon.
Essa identificação que reforçou a opinião geral sobre os locais do martírio é compartilhada pelos
historiadores da época, com exceção do historiador André Steyert que revisa as medidas de Lafon,
e interpreta os restos como semicirculares (...) Outras pesquisas realizadas em 1914 pelo arquiteto
Rogatien Le Nail confirmam a opinião de Steyert.
Fonte: https://fr.m.wikipedia.org/wiki/Th%C3%A9%C3%A2tre_antique_de_Lyon
Então achavam que era esse o provável local, até que em 1957, em meio a vestígios de ruínas romanas,
encontraram uma inscrição indicando ser aquele o Anfiteatro dos Três Gauleses. As escavações se intensificaram e
a forma elíptica da estrutura é identificada:
O anfiteatro estava localizado no sopé da colina de La Croix-Rousse, na confluência do Ródano e do
Saône na época. Uma inscrição gravada em blocos encontrados no local em 1957 permitiu vinculá-
lo ao santuário de Roma e Augusto, e identificar a sua origem [...] Os historiadores localizam aqui a
provação de seis mártires de Lyon (de 47), (incluindo Sainte Blandine e Saint Pothin) durante o
verão de 177 dc."
Fonte: https://fr.m.wikipedia.org/wiki/Amphith%C3%A9%C3%A2tre_des_Trois_Gaules
O Anfiteatro dos Três Gauleses é o local aceito da tortura e execução, impostas pelas autoridades
romanas, aos cristãos de Lyon e da cidade vizinha de Vienne, dezesseis milhas ao sul, na margem
leste do Ródano. Nosso testemunho dessas mortes é a Carta das Igrejas de Lyon e Vienne, uma
seleção da qual é preservada na História Eclesiástica de Eusébio (5.1-3)
Fonte: https://brill.com/display/book/edcoll/9789004318762/B9789004318762_012.xml
Isso dá mais peso ao indício de que o Chico copiou o livro de Renan. Aparentemente, Ernest Renan não sabia e não
mencionou esse anfiteatro, principal e muito maior do que outro, no seu livro. Chico também não, tanto no Ave
Cristo quanto no Cartas e Crônicas. Renan acreditava ter sido na outra colina que aconteceu o martírio, Chico
também...
Outro questionamento sai disso: um suposto espírito, com informações privilegiadas, abordando sobre o local em
um livro, deixaria de citar o anfiteatro escondido, na iminência de ser descoberto poucos anos depois, e assim
oferecer uma prova de antecipação?
Relações com a tragédia do circo de Niterói
Além da semelhança com as descrições e texto do Ernest Renan, é interessante pontuar que, com um exercício de
senso crítico, também é possível identificar no relato que o livro Cartas e Crônicas traz, claras assinaturas de que
foi inventado, fazendo correspondências com a famosa tragédia em um circo ocorrida em 17 de dezembro de 1961
em Niterói.
No imaginário do Chico, é como se tudo precisasse ser igual ou semelhante, expondo, na minha opinião, um pouco
de infantilidade, além de uma lógica rasa e até mesquinha.
É como se ele tivesse pegado os detalhes da tragédia e retroativamente costurado na sua narrativa. Por exemplo:
como a tragédia de Niterói ocorreu em um circo, Chico pode ter sentido necessidade de também colocar que
"improvisaram" um circo na antiga Lyon:
"no sopé da encosta, mais tarde conhecida como colina de Fourvière, improvisara-se grande circo,
levantando-se altas paliçadas em torno de enorme arena." (Cartas e Crônicas, p. 13)
Infelizmente, a tragédia do circo em Niterói deixou mais de 800 feridos e 503 pessoas morreram, em sua grande
maioria mulheres e crianças. Logo, na narrativa inventado por ele, também é necessário que haja um número
aproximado de vítimas crianças e mulheres:
"Poderíamos reunir, nesta noite, aproximadamente mil crianças e mulheres cristãs." (Cartas e
Crônicas, p. 14)
Dentre as centenas de mortos, outros tantos conseguiram escapar no meio da confusão e da correria. E se houve
sobreviventes em Niterói, Chico também precisava colocar que houve sobreviventes no martírio, com os romanos
deixando, de propósito, margem para escapar alguns:
"ajuntá-las-emos na arena, molhada de resinas e devidamente cercada de farpas embebidas em
óleo, deixando apenas passagem estreita para a liberação das mais fortes. Depois de mostradas
festivamente em público, incendiaremos toda a área." (Cartas e Crônicas, p.14)
Um episódio do incêndio em Niterói, que ficou famoso e amplamente divulgado, foi a de um elefante que conseguiu
abrir uma passagem na tenda, mas acabou pisoteando várias vítimas no caminho:
"Um elefante (...) ficou enfurecido com a gritaria, furou a lona e ficou do lado de fora. Muitas
pessoas na ocasião em que o animal corria, seguiram-no salvando suas vidas. Outras certamente
foram atingidas pelas patas do elefante e morreram." (Última hora, 18/12/1961, p. 2)
Fonte:
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReaderMobile.aspx?bib=386030&pesq=Circo%20inc%C3%AAndio%20Niter
%C3%B3i%20elefante&pasta=ano%20196&hf=memoria.bn.br
"Um dos elefantes, com o calor das chamas e possivelmente atingido, arremeteu furiosamente
contra a paliçada lateral, abrindo na passagem uma grande clareira. Por essa abertura passaram
centenas de pessoas, para a salvação. Na fuga, o paquiderme fez outras vítimas." (Correio da
Manhã, 19/12/1961, p. 1)
Fonte:
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReaderMobile.aspx?bib=089842_07&pesq=%22Gran%20Circo%20norteam
ericano%22%20elefante&pasta=ano%20196&hf=memoria.bn.br
Como Chico não poderia deixar passar isso em seu relato, inventou algo semelhante em sua narrativa:
"incendiaremos toda a área, deitando sobre elas os velhos cavalos que já não sirvam aos nossos
jogos (...) largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo,
encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos
cavalos em correria." (Cartas e Crônicas, pp 14-15)
Assim, penso que, ao menos na minha visão, a narrativa contida no livro do Chico transpira ficcionalidade; e ainda
traz indícios de ter se utilizado do livro de Ernest Renan para compor detalhes históricos.
O que talvez não seria novidade, pois pesa contra ele um histórico de indícios na consulta a outros livros desse
mesmo historiador, tanto em Há dois mil anos (suposto Emmanuel) quanto em Boa Nova (suposto Humberto de
Campos), já apontados em outros artigos.
https://app.box.com/s/cipmazfbvq8a74xfs2i4hj3ofv9dltej